A presidente Dilma Rousseff orientou ontem a base aliada a impedir a convocação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. A ordem, transmitida aos integrantes da coordenação política, busca preservar um dos ministros mais próximos de Dilma.
Para o Planalto, o assunto está encerrado, já que Dilma entende que ele deu todas as explicações que eram necessárias e classificou-as como satisfatórias. O governo faz questão de destacar também que as ‘ilações’ contra Pimentel se referem a um tempo que ele nem estava no governo.
Pimentel estava com passagem marcada, na noite de ontem, para embarcar para Genebra onde participa da reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC). A presidente o orientou a viajar tranquilo, assegurando-lhe que as lideranças partidárias garantiram que não haveria risco de ele ser convocado pelo Congresso para dar explicações.
A presidente lhe recomendou que resistisse, lembrando que ela mesma foi alvo de diferentes ataques e ‘sobreviveu’. O governo conta com o recesso parlamentar para que o assunto caia no esquecimento.
O ministro vem sendo alvo de acusações de tráfico de influência nas atividades de consultoria exercidas por sua empresa, a P-21. O caso tem sido comparado ao de Antonio Palocci, que saiu da Casa Civil após informações sobre sua evolução patrimonial e suas atividades de consultor.
Ontem, coube à ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, sair em defesa de Pimentel. ‘Olha, temos em primeiro lugar, o apoio da presidenta’, afirmou, depois de lembrar que Pimentel acompanhou Dilma em viagem na Argentina. ‘A impressão que temos é que as explicações (de Pimentel) têm sido satisfatórias, não havendo necessidade de levar o assunto ao Congresso.’
Ideli disse ainda que era ‘importante realçar que ele não estava exercendo nenhum cargo público quando exerceu o seu trabalho de economista, prestando consultorias’.
Fonte: Msn