Mercado de blindagem está em expansão no Brasil, e já atinge carros menores

O Brasil é um dos líderes mundiais em blindagem, aponta a Abrablin (associação das blindadoras). A entidade está concluindo os números consolidados de 2010, mas deve registrar a proteção de cerca de 7.000 veículos. Em 2000, foram 3.600.

De acordo com a entidade, 88% dos veículos são dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Dos clientes, 70% empresários, e os carros grandes ainda são maioria.

O Toyota Corolla é o modelo líder no ranking de blindagem da Abrablin, seguido por Chevrolet Captiva, Hyundai Vera Cruz e Land Rover Freelander.

A blindagem, porém, já chega a carros menores. A Dupont lançou nesta semana a blindagem Armura para Chevrolet Agile e Honda Fit. Antes o sistema estava disponível apenas para Toyota Corolla, Chevrolet Vectra, Honda Civic e Mitsubishi Pajero TR4.

A blindagem Armura é a mais barata (a partir de R$ 18.950), mas equivale ao nível 1 — ou seja, suporta até calibre 38.

De acordo com a DuPont, são utilizadas fibras de kevlar na carroceria e um plástico ultrarresistente nos vidros, aumentando em só 90 kg o peso total. A instalação demora de 15 a 20 dias.

A blindagem nível 3A, a mais comum, pesa 200 kg, custa R$ 55 mil e leva até 45 dias para ser instalada. A diferença é que suporta calibre até 44 e submetralhadora.

Com o mercado aquecido, veículos blindados usados podem ser uma boa opção. Como sofrem grande depreciação, é possível encontrá-los a preço de carro sem a proteção.

Em São Paulo, um Audi A3 2005 blindado sai por por R$ 42,5 mil, preço de tabela do “normal”.

“É preciso verificar o estado da blindagem”, alerta Rogério Garrubo, da Concept Blindagens.

O comprador também deve verificar o estado das peças do veículo. Como a blindagem aumenta o peso do carro, sobrecarrega vários itens, como amortecedores, freios e câmbio.

O ideal é optar por veículos com até cinco anos que ainda estejam na garantia — algumas blindadoras dão quatro anos de garantia.

“Esses carros conservam suas propriedades balísticas e exigem menos manutenção”, afirma Christian Conde, presidente da Abrablin.

Para evitar problemas, o comprador deve verificar se o carro sofreu reparos e, principalmente, se eles foram bem feitos — a carroceria não pode ter pontos vulneráveis.

Os vidros também merecem atenção. Se apresentam bolhas ou delaminação (descolamento das camadas), a blindagem está ruim.

A reposição de peças costuma ser cara, e o consumidor precisa calcular o custo do reparo, que pode tornar a compra inviável.

Fonte: Jornal Floripa

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