Em Sorocaba quadrilhas de roubo de caminhões alugam galpões

Segundo a Polícia Civil, locais servem de base para desmontagem de veículos ou adulterações

Quadrilhas de roubo de caminhões que agem em rodovias do Estado de São Paulo estão alugando galpões em Sorocaba que servem de base para desmontagem ou adulteração. Um desses barracões foi descoberto na quinta-feira por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e funcionava na rua Pereira da Fonseca, 40, no Éden.

No galpão havia um caminhão Volkswagen (placa ESU-5978 de Campinas) roubado na rodovia Dutra em 26 de abril. O veículo estava intacto. Segundo o delegado José Humberto Urban Filho, investigadores acharam ainda a placa de outro caminhão (EQK-8732 de São Paulo), um Mercedes-Benz roubado na rodovia Fernão Dias, no dia 24 de abril.

Não havia ninguém da quadrilha no barracão, que é novo e tinha sido alugado há três meses por meio de intermediário. A porta permanecia sempre fechada e na frente há uma placa de monitoramento 24 horas. O delegado acredita que o lugar era usado para adulteração de chassis e troca das placas, num processo criminoso conhecido como “clonagem”. O caminhão Volkswagen teria as placas trocadas para poder rodar novamente.

Os bairros Éden e Cajuru ficam próximos à rodovia Castello Branco (SP-280) e por isso são preferidos pelas quadrilhas, de acordo com Urban. Em novembro, 25 pessoas foram presas em três galpões nessa região de Sorocaba, que erma bases de roubo e receptação de caminhões.

Cargas

Além dos caminhões, os criminosos visam as cargas. As prisões em novembro foram feitas pela Polícia Militar e Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). As quadrilhas estão migrando para cidades do Interior do Estado por causa do combate maior a esse tipo de crime na Grande São Paulo.

O delegado da DIG alerta proprietários sobre a necessidade de maior cuidado ao alugar os barracões. Deve-se saber qual a finalidade, quem é o interessado e se vem de outra cidade, sugere Urban. Depois de alugado, o proprietário deve verificar se há gente trabalhando. Caso as portas permaneçam sempre fechadas, é sinal de que algo errado pode estar acontecendo.

Fonte: Cruzeiro do Sul

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