Blindagens, por que os preços variam?

Basicamente, cinco fatores devem ser considerados. O primeiro deles é o nível da blindagem. Um veículo do nível I, que resiste a tiros de calibre 38, tem custo mais baixo do que um do nível III-A, por exemplo, que resiste a disparos até de Magnum .44. Outro item é a área a ser blindada. Por isso, a blindagem de um carro maior é mais cara do que a de um carro pequeno, onde a área a ser blindada é menor. O tipo de material utilizado é o terceiro fator. Uma blindagem onde se utiliza mais aço tende a ser mais barata do que uma produzida majoritariamente por mantas de aramida. Porém, o aço deixa a blindagem mais pesada. Quanto maior o peso, maior pode ser o prejuízo do desempenho do veículo e o desgaste de algumas peças. Ou seja, o custo mais barato antes pode levar ao aumento do custo de manutenção. Apesar de no Brasil já ser possível encontrar materiais de qualidade semelhantes aos importados, a origem do material contribui para a variação do preço da blindagem. Nesse quarto fator, por exemplo, um vidro importado pode ser mais caro que um nacional, mesmo havendo, no Brasil, produto com qualidade comparada ao melhor vidro blindado do mundo. Por fim, o projeto de blindagem e o know-how da blindadora e seus profissionais também são apontados como um dos fatores de diferenciação do preço. Mas, assim como no caso da utilização de aço em lugar da aramida, esse é outro fator que pode trazer benefícios posteriores. Um carro blindado em uma blindadora desconhecida pode ter maior depreciação do que um blindado em blindadora de renome. Sem contar, é claro, na confiabilidade dos serviços de uma blindadora com sede e fábrica constituídas e funcionários fixos. Como proceder Antes de decidir onde blindar seu carro, é preciso verificar há quanto tempo a empresa está no mercado. Não se preocupe, no princípio, com o custo da blindagem e o tempo de garantia que a empresa oferece. Esses não devem ser os únicos itens levados em conta. O mais importante é saber se a blindagem dará a segurança necessária ao usuário. Exija que a blindadora mostre o Certificado de Registro (CR) no Exército. Sem esse documento, a empresa não pode atuar no segmento, uma vez que o carro blindado integra a lista de produtos controlados. Questione se os materiais utilizados na blindagem foram aprovados em testes feitos pelo Exército e se isso pode ser comprovado por uma cópia do Relatório Técnico Experimental (ReTEx), expedido pelo próprio Exército. Não se contente em conhecer o show room da blindadora. Visite o local onde a blindagem é executada. Procure saber antecipadamente quanto tempo demorará o serviço. Algumas empresas disponibilizam fotos da evolução do processo. Isso pode ser a garantia de que seu veículo está realmente recebendo a blindagem oferecida. Escolha o nível de blindagem de acordo com sua necessidade de segurança. Para isso, é preciso consultar a tabela de resistência balística. Todas as descrições utilizadas pelas empresas devem indicar a resistência aos projéteis, equivalente aos níveis definidos pelo Exército. Certifique-se de que a blindagem será realizada tanto na parte transparente (vidros), quanto nas áreas opacas. Toda a cabine deve estar protegida, já que o Exército proíbe a blindagem parcial. Repita esse processo com pelo menos duas blindadoras e não se deixe levar por fatores subjetivos. Somente depois de checar esses procedimentos, analise o preço e o período de garantia oferecido. Ao receber o carro, verifique o Termo de Responsabilidade e certifique-se de que todos os materiais utilizados na montagem – vidro balístico, mantas de aramida e aço – têm o nível de segurança pelo qual você optou. O descritivo de cada um dos materiais deverá estar especificado no Termo, documento sem o qual o Exército não permite o registro do veículo blindado. Esta é a garantia do seu veículo, o termo legal no qual a blindadora se responsabiliza pelo serviço. Fonte: Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin)

Fonte: Abrablin

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