Blindados da Paramount são testados pelo Bope

Agora que as Nações Unidas falam em adotar o modelo das Unidades de Polícia Pacificadora, a famosas UPPs, o mercado para a Paramount promete crescer ainda mais. A empresa sul-africana de segurança tem carros blindados que estão sendo testados pelo Bope, no Rio, antes de seguir para outros estados brasileiros. Esse movimento pode sinalizar o início de uma parceria entre a Paramount e empresas brasileiras para produção dos blindados no país.

Em seu primeiro contato com o Brasil, a Paramount experimentou um sucesso inesperado durante a LAAD 2011, a maior feira de defesa e segurança da América Latina, realizada no Rio de Janeiro. Para o CEO da empresa, John Craig, a visita estava mais do que na hora de acontecer. “Há uma demanda muito grande para nossos produtos aqui no Brasil”, diz. Sem adiantar a possibilidade de fechar negócios no país, o que poderia incluir a abertura de fábricas, Craig afirma que o mais importante era conhecer pessoalmente os clientes. “Você só conhece de verdade o mercado quando pode ver como as coisas estão acontecendo. Em termos de negócios, e no nosso caso isso é muito verdadeiro, fechar um acordo é manter uma relação, em que você precisa conhecer bem o seu cliente.”

Segundo Craig, há muitas oportunidades no Brasil, principalmente em comunicação e segurança interna, duas áreas em que a Paramount brilha lá fora. A empresa, criada em 1994 e a maior do setor de defesa e aeroespacial na África no Sul, trabalha com governos em todo o mundo. Seus equipamentos estão presentes em 25 países. Entre seus produtos mais comerciais estão veículos blindados, capazes de atravessar praticamente qualquer terreno. A Paramount trouxe ao Brasil o Marauder e o Maverick. O primeiro possui proteção contra minas, enquanto o Marauder foi desenhado para controlar distúrbios. Ou seja, mais do que perfeitos para o processo de pacificação iniciado no Rio e que pode ganhar corpo pelo país.

O presidente da Paramount acredita que o caminho para ganhar o mercado brasileiro esteja mesmo nas parcerias com outras empresas. É o que acontece com a produção de blindados, com fábricas até no Azerbaijão. Do que a companhia não abre mão é de manter por perto o centro de pesquisa de inovação, no qual investe 15% de seu faturamento total. “Inovação não pode ser terceirizada, é uma cultura que temos de manter dentro da empresa. Temos que continuar inovando para nos mantermos à frente da concorrência”, diz Craig.

O crescimento do mercado de segurança deve levar a Paramount a atingir sua meta de US$ 1 bilhão no setor até 2015. A expectativa da companhia é firmar sua posição no Brasil e expandir seus negócios para a América Latina, onde já tem planos de testar produtos.

Fonte: Revista Época

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